quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Coração, vou tentar te detalhar

Porque meu coração é repleto de pecado, e ao mesmo tempo, de amor e afeto. Ele é casa de meus amigos e irmãos, e é o mesmo que desespera-se quando o nome e voz de quem amo passam por folhas de papel e ouvidos. E ainda por cima, é aquele que se sente feliz quando ouço 'Oceano'. Dele é a responsabilidade de detalhar o que é bom pra mim. Ao mesmo tempo, me indica que é impossível o detalhar.


Penso com moderação sempre que estou de uso do ato de mensurar o futuro.
Me pergunto: Tanto trabalho, tanta aflição, tantos recalques por coração.
É como aquilo que toca, troca, enforca e destroça a alma.

E eu sempre desviando. Eles tocam em seu nome; eu desviando.

Coração, farei o seguinte: Não mais o farei de bobo, nem de ouro.
Mas como me conheces há tempos, já consigo sentir e legendar tuas batidas.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Juro que não é pr'agora

Se eu já esqueci? Claro! Claro que não é tão fácil. Claro que é demorado. Claro que não, tolo! Como posso ser capaz de o fazer? Não é simples. Se eu esquecer, serei incapaz de acreditar que no fim, a felicidade é resultado indeterminado de sofrimento, lamento e pancadas no coração. Também sou incapaz de dizer que isso não me faz sentir prazer, e que no fundo é tão bom. Tá certo. Tá certo. Eu assumo. Eu queria usar o pretérito mais do que perfeito em todos os verbos ligados à moça. Mas, é que ela é tão perfeitinha pra mim. Nunca tive sorte com isso.

sábado, 27 de novembro de 2010

Nossos dedos se confundiam; pareciam serem um do outro

Aparecera um pouco tímida, mas já com meu destino em mãos. A paz que procurava, se fez em pele morena, em idade nova, em sorriso aberto, em desejo secreto. Mas como já se é esperado, a felicidade empresta o nosso sorriso à solidão, que nunca avisa se vai devolver ou não....Chorei feito um homem feito.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

AS RESPOSTAS NUNCA RESPONDIDAS

Por que o céu é vermelho?

Deve ser porque o azul se reflete no espelho.



Isso aqui sou eu fora de mim.



Tudo aqui está oco, e mesmo assim eu fico morto, mas longe do Fim.



Que estranho, os grãos de areia caem de baixo pra cima.



Que tamanho, o vento que os aproxima.



Que mormaço, as águas sempre arrebentam.



Que saudade, é no silêncio que se apresenta.



Que silêncio, é no barulho que se esquenta.



Que lembrança, é a vontade que te inventa.



Que distância, eu te escrevo na memória.


Que bonito, você é quem escreve minha história.



(O que as palavras não podem calar.)
(O que o calor não pode explicar.)
(O que o encanto não pode criar.)
(O que o amor não pode amar.)


Edórgenes Aragão

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A gente é tudo Igual Garrincha e Aleijadinho; ninguém precisa consertar.

Viva o Brasil !!
Viva !


Brasil que come de colher de prata, ou que só come com a Mão?
Brasil que guardo na contradição.

Qual a cara da cara da Nação ?



(Vicente Barreto e Celso Viáfora )

sábado, 21 de agosto de 2010

Quando Surge o Amor

Surge na Felicidade.  surge na certeza do Inverno, que certamente molhará o solo e fará brotar cores; e fará brotar suspiros do vento.
Quando Surge o Amor?
Surge mesmo que calado, surge mesmo que esquecido na timidez de quem não se diz apaixonado.
O Amor vem de repente, vem feito soluço, e o soluço vem justamente quando se falta água.
Vem no meio da noite, vem como um susto desesperado, naquela falta de ar.

Diz-se amor tudo que é saudade, na contramão de  tudo que se sente, do outro lado do presente.


Edórgenes Aragão